Todos amam dizer a seguinte frase: “O amor é lindo!”. Bela filosofia para quem sempre consegue o que quer, e principalmente quem quer... Tudo é lindo quando se ama e é amado, o pior é o que vem depois quando nada mais faz sentido, quando você vê que nada daquilo que você imaginava ser. O pior é você querer desaprender a amar quem você ama e não conseguir. Eu sei o quanto dói ver todos felizes, e sempre me manter sofrendo, idealizando o “amor perfeito” sendo que ele nunca chega, ou melhor, ele não existe.
Nossa, porque só eu?
Eu me pergunto todos os dias o porque de ser sempre eu que acabo sofrendo, com feridas causadas pelo fim de um relacionamento, sendo que foi eu que me entreguei de corpo e alma para eles e fiz de tudo para que eles dessem certo.
Deus já deve está cansado de mim, de tanto que eu imploro para que Ele cure a minha dor, para que Ele não permita que eu me sufoque com o amor, o amor que eu mesma deixei crescer dentro de mim.
Parece que caí em um mundo de fantasmas que me atormentam, onde eu sou a pessoa que mais sofre, que passa dias e noites chorando, deprimida, sem vontade de viver. Sinceramente, nem sei por que me levanto todos os dias, caminho, sorrio. Meus sorrisos só materializam uma falsa felicidade, uma felicidade que não existe nem em um pontinho do meu olhar. Isso me dá agonia, me desespera e a cada dia que passa eu tenho mais e mais motivos para desistir de tudo. Sim, eu quero morrer, porque talvez assim, toda essa dor insuportável que eu carrego diariamente suma e eu consiga a paz tão sonhada.
Ai, como eu queria poder me levantar agora e caminhas por ai, como se nada tivesse acontecido, mas me sinto sufocada, é como se eu gritasse e minha voz não fizesse eco nenhum, não saísse, ou até não mais existisse. É algo que consome o meu eu, que não me deixa viver si quer um dia sem desejar alguém, aquele tal alguém, no qual eu depositei todas as minhas fixas, e perdi bruscamente. Aquele que eu acreditei ser quem me faria feliz, quem me faria acreditar no inacreditável, o que me daria as mãos quando eu caísse, o que seria capaz de me mostrar meu Conto de Fadas, mas um Conto de Fadas que seria real, não uma felicidade passada por um filme, e sim sentida por mim, uma personagem do um conto chamado Vida. Mas não... Quebrei a cara mais uma vez!
Eu sou uma pessoa com medos reais, atitudes que se tornam certas ou erradas diante dos olhos de quem vêem, e principalmente com um amor não correspondido. Agora me diga: Existe dor maior do que essa? Existe algo mais frustrante do que você ser capaz de dar a vida por alguém e esse alguém não fazer o mesmo por você, ou simplesmente não dar valor ao que você sente e ainda duvidar?
A resposta seria não. Não existe dor pior ou mais real do que a dor de um amor não correspondido, seja por internet ou real, a dor se torna a mesma quando se gosta.
Não vou dizer que isso que eu guardo aqui dentro do meu coração é o amor mais normal do mundo, porque eu sei que não é, nem nunca será. Tudo que eu senti e vivi até hoje não me parece passar de mentiras, palavras ditas e até mesmo escritas, mas não saídas do coração, pelo menos não dá parte dele.
Palavras escritas podem machucar mais do que palavras ditas.
Há certos momentos em que não há mais forças para se lutar, não há mais fé que nos mova, nem palavras que nos consolem. Tudo só passa a girar em torno do nosso coração partido e de nossas mentes conturbadas e confusas.
Hoje eu sou ciente de que não fui idiota quando amei você, e sim você, que não me deu valor. Sabe por quê? Por que eu posso sim, amar outra vez como eu te amei, mas você nunca mais será tão amado como eu amei você.
Enfim, depois de tudo só restará arrependimentos para você, e eu serei feliz quando for a hora certa, com a pessoa certa e mesmo que eu sofra eu nunca desistirei de tentar, até eu acertar.
De tudo que eu passei só me restou o amadurecimento, e minha vida mudou completamente quando eu disse para mim mesma que sofrimento não é pra mim, e que é hora de parar de pensar apenas nos outros e acreditar em mim. Acreditar que eu posso sim ser feliz, é só parar de insistir naquilo que ao invés de me fazer feliz, me faz sofrer cada dia mais.